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domingo, 13 de março de 2011

Do Sintoma à Síndrome

As Síndromes são conjunto de sinais e sintomas que se agrupam de forma recorrente e são observadas na pratica clínica diária. Esses agrupamentos estáveis de sintomas são produzidos por diversas causas. Identificar as síndromes é o primeiro passo no sentido de ordenar as observação psicopatológica dos sinais e sintomas dos pacientes. É desejável após a precisa caracterização dos sinais e sintomas  e seu ordenamento em síndromes clínicas, para o passo seguinte, ou seja, a formulação de hipóteses diagnósticas relativas aos transtornos mentais específicos, segundo os sistemas internacionais de  diagnósticos e classificação, o DSM IV e CID-10



 

O Manual de Diagnóstico e Estatística das Perturbações Mentais é uma publicação da American Psychiatric Association, Washington D.C., sendo a sua 4ª edição conhecida pela designação “DSM-IV”.

Este manual fornece critérios de diagnóstico para a generalidade das perturbações mentais, incluindo componentes descritivas, de diagnóstico e de tratamento, constituindo um instrumento de trabalho de referência para os profissionais da saúde mental.
Desde a publicação original da DSM-IV em 1994, observaram-se já muitos avanços no conhecimento das perturbações mentais e das doenças do foro psiquiátrico. Neste sentido, existem já várias publicações que incorporam os resultados das investigações mais recentes, com destaque para a DSM-IV-TR. Para mais informações visite o website da American Psychiatric Publishing, Inc. (APPI).
 

 

A 10ª Revisão da Classificação Internacional de Doenças adoptou a denominação "Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde" sendo, na prática conhecida por "CID-10".

Esta Classificação foi aprovada pela Conferência Internacional para a 10ª Revisão da Classificação Internacional de Doenças, convocada pela Organização Mundial de Saúde, realizada em Genebra no ano de 1989, tendo a CID-10 entrado em vigor apenas a 1 de Janeiro de 1993, após a necessária preparação de material de orientação e formação. A sua implementação em Portugal ocorreu antes do ano 2000, sendo já utilizada nas estatísticas oficiais de saúde. 
O copyright da CID-10 pertence à Organização Mundial de Saúde - OMS.

Transtorno do Pânico







Se inicia depois dos 20 anos, é igualmente prevalente entre homens e mulheres, portanto, em sua maioria, as pessoas que tem o Pânico são jovens ou adultos jovens, na faixa etária dos 20 aos 40 anos, e se encontram na plenitude da vida profissional. Normalmente são pessoas extremamente produtivas, costumam assumir grandes responsabilidades e afazeres, são perfeccionistas, muito exigentes consigo mesmas e não costumam aceitar bem os erros ou imprevistos.


Traços de personalidade de pessoas propensas à Síndrome do Pânico


1. - Tendência a preocupação excessiva
2. - Necessidade de estar no controle da situação
3. - Expectativas altas
4. - Pensamento relativamente rígido (dificuldade em aceitar mudanças de opinião)
5. - Reprimem sentimentos pessoais negativos (não sabemos o que estão sentindo)
6. - Julgam-se perfeitamente controladas (duvidam tenham problemas emocionais)
7. - São extremamente produtivas (não relaxam, sempre estão fazendo algo)
8. - Assumem grandes responsabilidades (ocupacionais e familiares)
9. - Perfeccionistas
10.- Exigentes consigo mesmas (conseqüentemente, com os outros também)
11.- Não aceitam bem os erros ou imprevistos

Ataques do Pânico (baseado no DSM-IV)

Os ataques de pânico são recorrentes (voltam) e caracterizam essencialmente este distúrbio. Essas crises se manifestam por ansiedade aguda e intensa, extremo desconforto, sintomas vegetativos (físicos) associados e medo de algo ruim acontecer de repente, como por exemplo da morte iminente, ou passar mal, desmaiar, perder o controle, etc. As crises de ansiedade no Pânico duram minutos e costumam ser inesperadas, ou seja, não seguem situações especiais ou padrões, podendo surpreender o paciente em ocasiões diversas.

A característica essencial de um Ataque de Pânico é um período distinto de intenso medo ou desconforto acompanhado por pelo menos 4 dos 13 sintomas físicos citados abaixo.
O ataque tem um início súbito e aumenta rapidamente, atingindo um pico em geral em 10 minutos e é acompanhado por um sentimento de perigo ou catástrofe iminente. Os 13 sintomas físicos são os seguintes:


1 - palpitações,
2 - sudorese,
3 - tremores ou abalos,
4 - sensações de falta de ar ou sufocamento,
5 - sensação de asfixia,
6 - dor ou desconforto no tórax,
7 - náusea ou desconforto abdominal,
8 - tontura ou vertigem,
9 - sensação de não ser ela(e) mesma(o),
10 - medo de perder o controle ou de "enlouquecer",
11 - medo de morrer,
12 - formigamentos e
13 - calafrios ou ondas de calor.


Não obstante, existem outros pacientes que desenvolvem o episódio de pânico diante de determinadas situações pré-conhecidas, como por exemplo, dirigindo automóveis, diante de grande multidão, dentro de bancos, etc. Quando as situações que precipitam as crises são semelhantes à essas, dizemos que o Transtorno do Pânico é acompanhado de Agorafobia.






sábado, 12 de março de 2011

Para descontrair...

O que é o medo?


O Medo é um sentimento universal, muito antigo e, possivelmente, fortemente atrelado à sobrevivência de nossa espécie. Esse sentimento pode ser definido como uma sensação de perigo, de que alguma coisa ruim está para acontecer.
Esse sentimento de medo é, em geral, acompanhado de sintomas físicos determinados pelo Sistema Nervoso Autônomo (daí o nome sintomas autonômicos) que evolvem alterações na freqüência cardíaca, no rítimo respiratório, sensação de falta de ar, extremidades frias, boca seca, etc. 

O medo é uma reação em cadeia no cérebro que tem início com um estímulo de estresse e termina com a liberação de compostos químicos que causam aumento da freqüência cardíaca, aceleração na respiração e energização dos músculos . O estímulo pode ser uma aranhas, um auditório cheio de pessoas esperando que você fale ou a batida repentina da porta de sua casa.
Como as células do cérebro estão constantemente transferindo informações e iniciando respostas, há dúzias de áreas do cérebro envolvidas no sentimento de medo. Mas pesquisas mostram que determinadas partes desempenham papéis centrais nesse processo.




Criando o medo

O processo de criação do medo acontece no cérebro e é totalmente inconsciente. Há dois caminhos envolvidos na reação de medo: o caminho baixo é rápido e desordenado, ao passo que o caminho alto leva mais tempo e entrega uma interpretação mais precisa dos eventos
A idéia por trás do caminho baixo é "não arrisque". Se a porta da frente de sua casa repentinamente bate, pode ser o vento, mas também pode ser um ladrão tentando entrar. É muito menos perigoso presumir que se trata de um ladrão e descobrir que era só o vento do que presumir que é o vento e aparecer um ladrão em sua frente.

A porta batendo (o estímulo)... Quando você ouve o som e vê o movimento, seu cérebro envia esses dados sensoriais para o tálamo. Nesse ponto, o tálamo não sabe se os sinais que está recebendo são sinais de perigo ou não. Mas, pelo fato de poder ser, ele encaminha a informação para a amígdala. A amígdala, por sua vez, recebe os impulsos neurais e age para proteger você: ela diz ao hipotálamo para iniciar a reação de luta ou fuga.
O caminho alto é muito mais ponderado. Ele reflete sobre todas as opções. Será um ladrão ou será que é o vento? Esse é um processo mais longo.
Quando seus olhos e ouvidos captam o som e o movimento da porta, eles desviam essa informação para o tálamo, que, por sua vez, envia a informação para o córtex sensorial, no qual é interpretada em busca de um significado. O córtex sensorial determina que há mais de uma interpretação possível para os dados e os envia ao hipocampo para que ele estabeleça um contexto. O hipocampo faz perguntas como: "Eu já vi este estímulo específico antes? Se vi, o que significou naquela vez? O que mais está acontecendo que pode me indicar se isso é um ladrão ou efeito de um vento forte"? O hipocampo pode captar outros dados sendo enviados pelo caminho alto, como o bater de galhos contra a janela, ruídos externos, etc. E, levando em consideração essas outras informações, ele determina que a batida da porta provavelmente foi resultado do vento. Depois, envia uma mensagem para a amígdala dizendo que não há perigo e a amígdala informa ao hipotálamo para desligar a reação de luta ou fuga.
Todas essas reações físicas têm a intenção de lhe ajudar a sobreviver a uma situação perigosa. O medo (e a reação de luta ou fuga em particular) é um instinto que todo animal possui.


Fobias e Transtornos Fóbicos-Ansiosos

Transtornos Fóbico-Ansiosos compõem um grupo de transtornos nos quais uma ansiedade intensa é desencadeada por situações determinadas e que não representam algum perigo real. Por esse motivo estas situações fóbicas são evitadas ou suportadas com muito temor ou angústia. As preocupações da pessoa podem se manifestar com sintomas como palpitações, falta de ar, tremores, extremidades frias, etc, ou uma impressão de desmaio. Freqüentemente este tipo de ansiedade se associa com medo de morrer, de vir a passar muito mal, de perder o autocontrole ou de ficar louco.
A diferença entre a Fobia sintoma e o Transtorno Fóbico, deve ser considerada como a diferença que se faz entre o sintoma e a doença. A Fobia, como sintoma faz parte da alteração do pensamento, aparece como um medo imotivado e patológico, ilógico e especificamente orientado para um determinado objeto ou situação, normalmente é acompanhada de intensa ansiedade.
 O Transtorno Fóbico-Ansioso se caracteriza, exatamente, pela prevalência da Fobia, sintoma, entre os demais sintomas de ansiedade, ou seja, um medo anormal, desproporcional e persistente diante de um objeto ou situação específica. Dentro dos quadros fóbicos-ansiosos destacam-se três tipos: 1 - Agorafobia; 2 - Fobia Social e; 3 - Fobia Específica.
Geralmente a simples lembrança ou evocação da situação que causa fobia já é suficiente para desencadear uma ansiedade antecipatória. A Ansiedade Fóbica freqüentemente se associa a uma Depressão

Um Mundo sem Metáforas

Costumamos nos emocionar diante de uma cena, história ou música; ante o sofrimento e alegrias próprios ou alheios. E não só , temos a necessidade de compartilhar nossas emoções com os outros, mas para isso precisamos ultrapassar a fronteira da língua aprendida sair do  plano das metáforas, afim de tornar inteligíveis, e mais do que isso, compartilhável, sentimentos e emoções.
No plano da comunicação e do reconhecimento sociais, a empatia e a capacidade imaginativa e/ou simbólica são fundamentais para que possamos supor intenções e afetos alheios, algo que nos norteia nas interações sociais, nos aproxima dos outros e nos protege de situações indesejadas. Agora imagine se essas habilidades nos faltam, pois não chegaram a se desenvolver. Na ausência delas, resta o isolamento, o diálogo e os pensamento pautados pela concretude. É o que ocorre com as pessoas portadoras de autismo.
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